Há 30 anos, no dia 21 de abril de 1985, falecia Tancredo de Almeida Neves. Advogado e empresário, Tancredo foi vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, primeiro ministro entre 1961 e 1962, ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores de 1953 a 1954 e ministro de Estado da Fazenda em 1962. Como governador de Minas Gerais entre 1983 e 1984, foi membro do Conselho Deliberativo da Sudene. Sua última participação como conselheiro foi na 289ª Reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), presidida pelo Ministro do Interior Mário David Andreazza, no dia 27 de julho de 1984. Na ocasião, Tancredo se despedia do Conselho e do governo do estado para concorrer à Presidência da República, cargo para o qual se elegeu e não chegou a assumir. Em sua fala, Tancredo alertava para a urgência do desenvolvimento do Nordeste e de sua integração econômica ao resto do Brasil, sob pena de inviabilizar o pleno desenvolvimento do país: “Nunca é demais dizer-se, afirmar-se e deixar de público que o Nordeste é o primeiro, é o mais importante, é o mais inadiável de todos os problemas nacionais, e procrastinar por mais tempo as soluções que eles impõem à consciência é desservir ao Brasil. Não teremos nunca uma Nação desenvolvida com o Nordeste injustiçado, subdesenvolvido e preterido... É uma orgulho para o Brasil que tenhamos uma instituição como a Sudene, que já alcançou os mais altos padrões técnicos e de eficiência administrativa e que neste momento se prepara para ser o instrumento fundamental da realização desse majestoso, imponente e fecundo Projeto Nordeste. A todos que nessa Casa mourejam, aos meus colegas Governadores, aos senhores membros do Conselho Deliberativo, aqui fica a minha gratidão pela maneira digna e bondosa com que aqui sempre fui tratado.” Clique
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