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China e Brasil cada vez mais próximos
27 de Maio de 2015
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Na manhã de ontem (26), no mesmo momento em que se realizava na Universidade Federal de Pernambuco uma reunião do Instituto de Estudos da Ásia com estudantes de graduação, mestrado e doutorado, a Sudene recebia a visita da nova cônsul geral da China no Nordeste, Li Seiyue. Na oportunidade, foram apresentados os principais projetos, mecanismos institucionais e instrumentos operacionais da Sudene. Essas reuniões acontecem uma semana após a visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang ao Brasil, acompanhado de uma delegação de 150 empresários chineses. Na ocasião, foram assinados 35 acordos em diversas áreas, o que totaliza um investimento de mais de 53 bilhões de dólares no país.
Para o professor de Ciência Política da UFPE e coordenador científico do Procondel Marcos Costa Lima, essas visitas demonstram o proativismo do governo chinês no sentido de aprofundar suas relações com a América Latina: "A China já é o primeiro parceiro comercial do Brasil e está se tornando o primeiro parceiro comercial de vários outros países da região", explica Marcos. Ele defende que a universidade comece a discutir as possibilidades que se abrem não só na indústria e na economia, mas também no campo acadêmico, especialmente em áreas como Economia, Geografia, História e Ciência Política. Delegações da UFPE fizeram duas visitas à China, estabelecendo acordos de cooperação com o Instituto de Ciências Geográficas e Pesquisa em Recursos Naturais da Academia Chinesa de Ciências, a Universidade de Pequim e a Universidade de Xian. Delegações chinesas do Instituto e da Universidade de Pequim também visitaram a UFPE. A universidade esteve representada no Beijing Forum, evento internacional voltado à promoção dos estudos das ciências humanas e sociais. No último mês de março, foi inaugurado o Instituto de Estudos da Ásia, coordenado pelo professor Marcos Costa Lima, que tem como objetivo promover pesquisas e intercâmbios entre o Brasil e a região, por meio de cursos, debates, edição de publicações, parcerias entre instituições e financiamento de pesquisas, entre outras atividades.
A relação entre o Brasil e os países da Ásia foi discutida em dois eventos promovidos pela Sudene. Em maio de 2014, a autarquia realizou, em parceria com a UFPE, o Seminário Internacional Desenvolvimento e Disparidades Regionais em Países Emergentes, que contou com a participação de nove representantes de quatro instituições chinesas, além de profissionais da Índia, México, França e Irlanda, com o objetivo de analisar, discutir e propor alternativas ao contexto mundial pós-crise, observando o contexto de desequilíbrio da distribuição de riquezas entre regiões de uma mesma nação.
Em dezembro de 1994, nos 35 anos de criação da antiga Sudene, a autarquia promoveu o Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento do Nordeste Brasileiro, que contou com a participação de uma delegação da China representada por Yang Zhong, Diretor do Gabinete de Assistência e Desenvolvimento das Regiões Atrasadas do Conselho de Ministro de Estado da República Popular da China. Na ocasião, Zhong falou sobre as estratégias para a eliminação da pobreza adotadas pela China, baseadas em medidas como redução e isenção tributária, subsídios à agricultura, estímulo à redução da natalidade e investimentos em infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, todas voltadas diretamente às regiões mais pobres do país.
Na imagem, fotos da reunião do Instituto de Estudos da Ásia, logomarca do Seminário Internacional Desenvolvimento e Disparidades Regionais em Países Emergentes (2014)e foto da delegação chinesa presente ao Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento do Nordeste Brasileiro (2014). Saiba mais sobre a visita da cônsul geral da China no Nordeste à Sudene no site da autarquia.