A professora do Departamento de Ciência da Informação da UFPE e coordenadora de Ciência da Informação do Procondel Vildeane da Rocha Borba acaba de ser aprovada na seleção de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vildeane irá pesquisar a curadoria digital em objetos de aprendizagem, dentro da linha "Tecnologia, Comunicação e Redes Sociais", sob orientação da Profa. Dra. Sonia Elisa Caregnato. Conversamos com a professora sobre a pesquisa, o balanço que ela faz do trabalho desenvolvido dentro da terceira etapa do Procondel e as perspectivas para 2016.
PROCONDEL - Professora Vildeane, qual o tema do seu projeto de pesquisa de doutorado?
VILDEANE - A ideia é pesquisar a curadoria digital em objetos de aprendizagem. Os objetos de aprendizagem têm uma filosofia bastante forte, que é a reutilização, e para isso, precisamos utilizar alguns princípios e práticas para estender sua duração. Por isso, a proposta é trabalhar com a curadoria digital nesses objetos, especificamente na educação à distância, onde os objetos já são criados em formato digital. O objetivo é propor estratégias para aumentar a vida útil desses materiais, pois nós sabemos que, embora eles tenham vantagem no poder de disseminação, eles perdem em vida útil em comparação ao papel, por exemplo.
PROCONDEL - Em relação ao Procondel 3, qual o balanço que você faz do trabalho desenvolvido este ano?
VILDEANE - Atualmente, tanto nós, coordenadores, quanto os alunos bolsistas, já estamos entendendo melhor o processo e por isso ele está fluindo mais facilmente. Mesmo nós tendo iniciado nesta terceira fase do projeto o trabalho com uma nova espécie documental - os relatórios -, os bolsistas não encontraram dificuldades, porque eles já possuem mais familiaridade com o acervo e a estrutura das informações. Também finalizamos os pareceres e, agora, estamos preparando o relatório de atividades.
PROCONDEL - E quais são as atividades previstas para 2016?
VILDEANE - Quanto mais nós desenvolvemos as atividades dentro do projeto, mais percebemos que o Procondel nunca tem fim. Sempre há novas formas de trabalharmos o acervo. Nossa proposta para o próximo ano é produzir uma análise a partir de estudos métricos do acervo, como o levantamento de quais os gêneros documentais mais pesquisados, das pessoas que buscam esse acervo, entender quais áreas receberam mais incentivos e quais eram os contextos históricos em que esses incentivos estavam inseridos. O acervo tem uma riqueza muita grande, e isso dá subsídios para produzir uma quantidade infinita de pesquisas. Isso que eu falei é só um dos muitos produtos que serão desenvolvidos.